“Sou mulher, pobre, negra, posso até ser feia, mas graças a Deus estou aqui!”
Em busca de quê?
Amor, talvez. Como deve ser ter a certeza de que não há ninguém nos amando naquele determinado momento? Será parecida com aquela que temos quando quem amamos não nos ama?
Somos seres complexos, meus caros.
Estabelecemos tantas relações, impossíveis de numerar. Temos nossos pais e nossos filhos, nossas namoradas ou maridos. Temos amigos e colegas de trabalho. Somos seres sociais e nutrimos todo tipo de amor ou desamor.
A regra é conviver, respeitar. Amar? Nem sempre.
Há filhos que odeiam os pais e vice versa. Há pessoas casadas que se odeiam, e há as que amam outras pessoas. Há quem ame um amigo. Há quem ame alguém que já morreu. Há quem ame alguém que nem conheça, não é mesmo?
Não mandamos em nossos sentimentos e não há nada mais belo e inspirador que o amor, mesmo que unilateral, acreditem
O que me entristece é a possibilidade de haver quem não ame ninguém.
Nenhuma lembrança doce, nenhuma vontade súbita, nenhum coração palpitante, nenhuma alegria ao cair da noite. Só um silêncio, um vazio estranho, um nó distinto na garganta. “Faz frio e eu amo sozinho”.
Assistam A Cor Púrpura.
PS: Eu te amo.