Eu e ele nos encaramos com
sorriso sacanas no rosto.
Terminou.
Fizemos o que podíamos,
descobrimos o que queríamos e foi, no fim, muito mais do que imaginamos que
seria. Não há agora o que se fazer. Há um abraço rápido e desajeitado, como são
todos os meus abraços, e então ele segue sem olhar muito para trás.
É. Ele foi de arrasar. Ele
terminou com minhas crenças e me deu uma ousadia antes impensada. Ele me fez
viver ao som de Lana Del Rey. Sim, ele me deu asas, rodas e a noção da minha
capacidade.
Claro, ele também me levou ao
chão. E nem sempre por bem. Muitas vezes ele me deixou chorando sozinho, fez
com que eu me arrependesse de tudo, obrigou-me a repensar cem vezes a vida
inteira.
Por outro lado, ele me mostrou
que algum poder eu tenho. Que eu posso transformar meus passos e, mais
importante, transformar a mim mesmo. Ele mostrou que sempre há uma saída,
sempre há uma solução, sempre há uma chance. Sim, isso é verdade, ele me deu buquês
de chances.
Ele também me disse coisas
felizes, espocando champanhe na sala de estar nova. Já no escuro, ele me
sussurrou maus agouros, fechando minha boca para que eu não gritasse. Tudo foi
necessário. Champanhe e escuro.
O melhor dele, porém, foi me
fazer aceitar o pior de mim. Foi me fazer aceitar e amar meus defeitos, que
nunca foram poucos. Acho que no fim o amor faz isso: aceitação.
Depois de tudo, só o que eu tenho
a dizer a ele é isso. Eu te amei, 2014. Obrigado por cada um de seus dias!
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