quinta-feira, 27 de novembro de 2008

Chuva!

“Abrirei a janela de meu quarto e receberei nua a água do céu.”



Estou esperando chuva.
Estou esperando chuva, para que quando chuva houver, eu possa mergulhar no ar.
Estou esperando chuva porque só a chuva lava, só a chuva cura, só a chuva redime.
Estou esperando chuva para que ela lave toda lama e toda alma.
É só na chuva que posso pensar na poesia, de forma simples, singela e então natural.
É só na chuva que posso abrir os lábios, beber teu corpo, tomar tua calma.
E quando a chuva vier, quero a água nua das encostas e mananciais. Vou dissolver-me todo, nadar ao lodo, ser o nada, que é ser muito mais.
Eu preciso voar nas águas claras e intranqüilas, por cima das pontes, por baixo dos rios.
Quando eu perder a respiração na doçura das águas, quero encontrar asas e poder mergulhar.
Estou desesperando e chuva não tem.
Há Somente este sol que brilha aloirado com calor sobre-humano.
Ah, Apolo maldito, porque é que chuva não há?

2 comentários:

  1. que bonito! :)
    Que vontade que me deu de tomar chuva. É tão revigorante.

    E devo dizer, às vezes o sol parece un insulto.

    ResponderExcluir
  2. alerts addicted orange fiasco recognition monti stickj approvals minnesota institution herbert
    semelokertes marchimundui

    ResponderExcluir

Obrigado pelo seu comentário.