domingo, 3 de janeiro de 2010

Sobre uma chuva

A Iansã eu pedi uma chuva, e não me foi negada.
Da tarde quente fez-se a brisa. Da brisa morna fez-se o vento. Do vento frio fizeram-se nuvens. Das nuvens grandes fez-se a chuva. Chuva abundante, repleta e exuberante.
Mas... como diz a música, “os deuses vendem quando dão, melhor saber”. Paguei de bom grado pela chuva que pedi. Paguei indo para dentro dela, me dedicando todo à água.
Era boa a sensação da chuva escorrendo pela minha pele, pingando gelada, desfazendo todo calor e toda mágoa. Sozinho, como quando criança, orei. Agradeci por aquelas nuvens e por todas as outras. Agradeci, embora não muito, pelo ano que se foi. E pedi.
Descaradamente pedi. Pedi mais confiança, pedi que Bárbara me guiasse por cada dia, me protegesse de cada raio, me acolhesse a cada trovoada. Pedi que iluminasse meus caminhos, me desse força quando eu fosse fraco. Me ajudasse a fazer o que estou destinado, sem deixar que eu me perca pelos caminhos da vaidade e da prepotência.
Foi um momento único, no qual me senti simplesmente completo e conectado ao que quer que represente minha fé, minha natureza e meu universo.

Foi muito bom sentir. Só sentir, o vento na pele, a chuva no rosto, a água em cada poro, minha alma em cada gota...

Um comentário:

  1. É a primeira vez que visito o blog. Gostei muito das palavras, do sentimento que vc coloca em suas escritas. Não li tudo, mas já me identifuqie com algmas coisas que andei lendo por aqui. Parabéns! É difícl encontrar meninos com uma alma sensível e encatadora. Sucesso!!!!

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