Você não pode se confessar fraco. Nunca. Você briga e argumenta e discute e consegue. Você fere e tenta não se deixar ferir. Você protege quem ama, protege a própria pele, protege quem até quem nem conhece. Você parte e toma partido, você defende suas causas e tenta não comprar prisioneiros. Você prende o choro. [Ou você chora quando ninguém vê?]. Você aguenta consequências, você mente que tudo vai ficar bem. Você escolhe, separa, perde e corta, não sem dor, até as pessoas de dentro de si.
Você batalha e luta e consegue e falha e tenta de novo. E então você se acostuma. Você se acostuma a ser forte. Você acha que sua armadura é a única opção. Não é. É prisão. Ou antes esconderijo. Dentro da armadura, debaixo do aço escovado, do ferro no fogo dobrado, da carne que sustenta seu corpo, está só uma criança. Você.
E é abraço. Às vezes é abraço o que você quer. É abraço o que você precisa. Mas você não sabe pedir. Você desaprendeu. Ou porque ouviu que abraço não se pede, ou porque pensa que pedir é fraqueza. E você precisa ser forte. Você é forte.
Você não precisa de nada. Muito menos de abraço.
Mesmo que sem ele você fique assim, aos pedaços.
Mesmo que sem ele você fique assim, aos pedaços.
Nunca conheci quem tivesse levado porrada.....
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