Às vezes eu escrevo para não explodir.
Porque escrever me faz um leão manso e adocicado.
E o que acontece no dia em que eu cansar de pedir perdão?
Espero mesmo que minhas faltas todas tenham o peso exato de tuas punições. Porque se você pensar... Será que meus pecados invocam tanto a ira de teus deuses? Minhas coisas bobas ganham dimensões estrambóticas em teus emaranhados. Às vezes eu canso de pedir perdão. Desculpe por eu ser um tanto infantil e bobo. Desculpe por eu ser menino e brincalhão. Desculpe por tudo que achas justo eu me desculpar.
Será que tu não percebes? Eu poderia ser tão pior, eu poderia ser como eles, como todos os outros... Mas que motivos tens para me sacrificar? Não traí, não menti, eu só sorri.
Cortem-me a cabeça por eu ter sorrido quando resvalaste.
Então é isso? Nós mudos, sem toques, sem beijos, sem nada.
Embirrados, aproveitando muito bem nosso tempo mortal. Porque às vezes, em noites assim, eu me viro e suspiro, esperando teu abraço. Mas teu braço não vem. Nunca, e eu disse Nunca.
Bom saber que teu orgulho é menor que tua fome, mas maior que teu amor.
Por que sou sempre eu quem deve correr atrás? Por que sou sempre eu que estou errado? Por que seus abraços nunca vêm?
E o que acontece no dia em que eu cansar de esperar em vão?
Eu deitado na cama, quase nu. Doce, nos cabelos o cheiro de maracujá. Selvagem, na pele o cheiro de morangos maduros. Todo por ti...
Me desperdiças.
Poupas água e me jogas fora. Um dia será que não sentirá falta daqueles momentos não vividos? Sentirás falta do quanto de mim deixaste escorrer no ralo dos dias.
Meu corpo poderia estar no teu corpo. Minha boca poderia estar na tua boca. Minha pele na tua pele, minha alma na tua alma.
Não.
Os dois deitados feito linhas paralelas que jamais se cruzam.
Eu errado, nem lembro mais o porquê. Você orgulhosa demais para me tocar, me abraçar, me sorrir.
Eu espero que teus motivos valham a dor. Eu espero que seja bom para ti ficar assim. Eu espero que isso te faça algum bem, porque para mim não faz. Mas e não é essa a intenção do teu castigo? Não é essa dor que sinto a punição pela minha falta?
É, acho que sim, mas hoje nem quero forças para lutar.
Brindemos a justiça e o orgulho do algoz.
Acato tua decisão. Sem discussões. Seja machado, forca ou cruz. Seja teu silêncio ou tua falta de carinho.
Aceito e não luto. Não discuto... Tampouco serei louco de outra vez pedir perdão.
Não agora, não mais. De vez em quando eu também tenho razão.
Não será meu o primeiro carinho.
Estou cansado de dar o braço a torcer...
Além do mais, me tocar não vai fazer cair tua mão.
Porque escrever me faz um leão manso e adocicado.
E o que acontece no dia em que eu cansar de pedir perdão?
Espero mesmo que minhas faltas todas tenham o peso exato de tuas punições. Porque se você pensar... Será que meus pecados invocam tanto a ira de teus deuses? Minhas coisas bobas ganham dimensões estrambóticas em teus emaranhados. Às vezes eu canso de pedir perdão. Desculpe por eu ser um tanto infantil e bobo. Desculpe por eu ser menino e brincalhão. Desculpe por tudo que achas justo eu me desculpar.
Será que tu não percebes? Eu poderia ser tão pior, eu poderia ser como eles, como todos os outros... Mas que motivos tens para me sacrificar? Não traí, não menti, eu só sorri.
Cortem-me a cabeça por eu ter sorrido quando resvalaste.
Então é isso? Nós mudos, sem toques, sem beijos, sem nada.
Embirrados, aproveitando muito bem nosso tempo mortal. Porque às vezes, em noites assim, eu me viro e suspiro, esperando teu abraço. Mas teu braço não vem. Nunca, e eu disse Nunca.
Bom saber que teu orgulho é menor que tua fome, mas maior que teu amor.
Por que sou sempre eu quem deve correr atrás? Por que sou sempre eu que estou errado? Por que seus abraços nunca vêm?
E o que acontece no dia em que eu cansar de esperar em vão?
Eu deitado na cama, quase nu. Doce, nos cabelos o cheiro de maracujá. Selvagem, na pele o cheiro de morangos maduros. Todo por ti...
Me desperdiças.
Poupas água e me jogas fora. Um dia será que não sentirá falta daqueles momentos não vividos? Sentirás falta do quanto de mim deixaste escorrer no ralo dos dias.
Meu corpo poderia estar no teu corpo. Minha boca poderia estar na tua boca. Minha pele na tua pele, minha alma na tua alma.
Não.
Os dois deitados feito linhas paralelas que jamais se cruzam.
Eu errado, nem lembro mais o porquê. Você orgulhosa demais para me tocar, me abraçar, me sorrir.
Eu espero que teus motivos valham a dor. Eu espero que seja bom para ti ficar assim. Eu espero que isso te faça algum bem, porque para mim não faz. Mas e não é essa a intenção do teu castigo? Não é essa dor que sinto a punição pela minha falta?
É, acho que sim, mas hoje nem quero forças para lutar.
Brindemos a justiça e o orgulho do algoz.
Acato tua decisão. Sem discussões. Seja machado, forca ou cruz. Seja teu silêncio ou tua falta de carinho.
Aceito e não luto. Não discuto... Tampouco serei louco de outra vez pedir perdão.
Não agora, não mais. De vez em quando eu também tenho razão.
Não será meu o primeiro carinho.
Estou cansado de dar o braço a torcer...
Além do mais, me tocar não vai fazer cair tua mão.
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