quinta-feira, 5 de junho de 2008

De Náufragos e Mariposas

E quem aqui nunca se sentiu sufocado. Sufocado pelos dias, sufocado pelas horas. Quem já não pensou em fugir de tudo, desgraçar a rotina?
Há um mar em nossos pés, apenas esperando. Por vezes as ondas lambem salgadas o nosso corpo, imploram nossa presença. Suplicam para que nos deixemos naufragar.
Pular no mar é fácil, difícil é permanecer no barco em meio à tempestade. Há motivo pra prosseguir? Há coragem para parar? A vida é complexa, meus anjos. E ela obriga escolhas. Chega um momento em que precisamos decidir: ou ficamos ou pulamos. Depois disso, todo resto é pura conseqüência. Há em tudo uma inevitável fatalidade. Os deuses não me deixam trapacear no jogo do tarot.
Eu queria uma partida de cartas marcadas, onde por um descuido eu pudesse escolher meu destino. A primeira carta seria a morte.
E só quem conhece aquela série de simbologias pode entender. Eu preciso da morte da lagarta. Eu preciso do caixão que é o casulo. Eu preciso abrir as asas e voar livre, quando estiver pronto.
Tudo é uma questão de borboletas, mariposas, na verdade.
Obrigado, irmã, por voltar a voar.
Que eu encontre dentro de mim a mesma coragem, não sufocar, neste mar de projetos, pesquisas, relatórios, trabalhos e desgostos, é difícil demais.

Um comentário:

  1. Ooooo meu maninho queridoooo! Obrigada! Te amo e vc sabe disso, né? E sobre tuas inquietações, nem te preocupe muito... vc é ainda mais forte que eu. Vc sabe disso... Beeeeijo

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