sábado, 14 de junho de 2008

Voejar... Voejar...

Tenho coisas tantas para contar, mas as palavras fogem, uma a uma, borboletas a voejar. Não ouso chamá-las ao torno, acho-as bonitas voando, calo e silencio então. Fico na janela, como que pego a observar distraído. Seria uma judiação prender suas finas asas com fios de alfinetes. Seria belo, mas pobre.
Aprendi coisas muitas nas últimas horas, sempre apressado, sempre atrasado. Olho para a coruja que comprei. Voejar, aprendi isso também. Símbolo máster da arte de ensinar. Aprendi a ensinar.
Concluí meu estágio, não sem todos os méritos cabíveis. Satisfação e saudade já, de tudo que passei. Quase tudo. Tudo é uma palavra muito grande, quase uma mariposa de asas pesadas.
Agora é esperar qual o novo roteiro da vida, interpretar a peça e aplausos ou vaias então. Refinada arte esta de escrever. Caprichosa, eu diria até. Tem dias que me ama com volúpia, noutros não me quer.
Que seja feita sua vontade então. Que as espumas do mar compareçam ao perfume do sabonete, lavando todo corpo, toda alma, toda sorte e toda lama deste ser só meu.
Até mais, palavra, voejai sem pressa.

Um comentário:

  1. Qual é a melhor maneira de aprender o que se deve, se não pela pressa?
    Ela que nos obriga aprender, muitas vezes, o que nossos espiritos tem dificuldade de assimilar
    Parabéns pela conclusão do estagio, um passo a mais em direção da realização do seus sonhos ^^
    Abraço!

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