segunda-feira, 5 de março de 2012

Dear Jhony

Primeiro a cachorrinha negra cruzou o portão, depois o gato preto e branco pulou por ele. Entraram na casa, cômodo por cômodo. Cheiraram as coisas, lamberam também, não me encontraram.

Passaram os quartos, corredores, salas e cozinha. Na garagem, que já clareava com o dia, outro gato dormia. Acordaram-no suavemente, com lambidas nos olhos. E ele não se assustou – como quando acordava de pesadelos. Ele não teve medo – como quando corria até de nós. Ele só ficou feliz de revê-los. Depois de tanto tempo.

Quando saiu da caixa e se esticou bem, sentiu-se estranhamente leve. Estranhamente bom. E partiu com eles. O gato mais velho na sua frente, ensinando as coisas que ele precisava aprender, como quando eram ambos ainda filhotes.

Meus amores antigos sempre foram assim. Sempre cuidaram dos meus amores mais novos.

Fique bem Jhony. Fique com eles.

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