"Que a arte nos aponte uma resposta, mesmo que ela não saiba. E que ninguém a tente complicar, porque é preciso simplicidade para fazê-la florescer."
Já não é possível viver assim, entremeio a soberba e o luxo. Mas por que será que a simplicidade me é impossível. Eu a admiro enquanto beleza alheia, mas não a consigo conquistar. Será herança do berço roubado?
Explico: Eu cansei de tanto luxo antiquê, béle époquê e vintagê deste blog.
Minha escrita está indo por caminhos que não podem ser tão coloridos e adornados. Minha escrita está nua e o quarto é rico demais. Não quero. Eu a quero em folha branca e letra preta. Mas como, por Deus, se meu vício é delicadear? Se pego a folha logo imprimo um floreio, se pego a letra, logo acrescento uma graça, se me pego em branco, já me tinjo de magenta. Sou impossível, como sou impossível.Já não é possível viver assim, entremeio a soberba e o luxo. Mas por que será que a simplicidade me é impossível. Eu a admiro enquanto beleza alheia, mas não a consigo conquistar. Será herança do berço roubado?
Explico: Eu cansei de tanto luxo antiquê, béle époquê e vintagê deste blog.
Eu quero a simplicidade divina, quero palco de pau. Mas mal me distraio de mim e a cortina que peguei é de veludo encarnado. Assim não me posso mais. Talvez a isso chamem estilo pessoal, mas como livrar-me deste meu? Alguém o quer todo dado?
Porque para mim até o simples vai se tornando complicado, adepto de arabescos que sou. E isso na vida, na arte, na mente. Parece que nada do que pode ser explicado me atrai muita coisa. Nada do que pode ser compreendido detém minha atenção.
Agora eu queria algo assim: simples, elegante, sereno, clean, nu. Mas e consigo? Não. A criação é uma tentação, é um pecado e eu peco pelo excesso. Nada do que faço pode ser sem entrelinhas, nada pode ser terminado sem mais um toque.
Não sei não, não, não sei. De repente esta minha ânsia em sempre enfeitar mais esconda o medo de jamais criar de novo. Esconda a vontade de tornar cada trabalho eterno...
Lá vou eu complicar mais o que queria explicar simples.
Cansei. Por hoje, nem complicado, nem simples.
Uma noite de folga para o desenhista, um banho para o palhaço, uma água para o pintor, uma noite para o poeta e uma cama para o artista.
Porque para mim até o simples vai se tornando complicado, adepto de arabescos que sou. E isso na vida, na arte, na mente. Parece que nada do que pode ser explicado me atrai muita coisa. Nada do que pode ser compreendido detém minha atenção.
Agora eu queria algo assim: simples, elegante, sereno, clean, nu. Mas e consigo? Não. A criação é uma tentação, é um pecado e eu peco pelo excesso. Nada do que faço pode ser sem entrelinhas, nada pode ser terminado sem mais um toque.
Não sei não, não, não sei. De repente esta minha ânsia em sempre enfeitar mais esconda o medo de jamais criar de novo. Esconda a vontade de tornar cada trabalho eterno...
Lá vou eu complicar mais o que queria explicar simples.
Cansei. Por hoje, nem complicado, nem simples.
Uma noite de folga para o desenhista, um banho para o palhaço, uma água para o pintor, uma noite para o poeta e uma cama para o artista.
O vazio do complexo e a exuberância do simplório. Crueldade é a palavra.
ResponderExcluir