Ághata. Hoje é só Aghata, mas me lembro de quando eu era pequeno; ela sempre insistia que eu a chamasse de Mistress Ághata. Eu não conseguia. Não conseguia mesmo ou era aquele um sinal premonitório? Sim, porque sempre que eu tentava o “Mistress”, saia-me algo confuso, que lembrava muito “my stress”. Será que eu adivinha que aquela senhora seria mesmo meu estresse?
Mis-tress, ela corrigia. Mis-tress, eu então repetia, com seu acentuado sotaque britânico. Mas, será, My-stress, que eu posso ir dormir na casa do José hoje à noite?
Chegou um momento em que ela desistiu. Eu entendia sim o funcionamento da palavra, suas sibilâncias encaixavam na minha língua, mas o My stress era mais forte que tudo e simplesmente fluía. E como eu estava certo, Mistress Ághata, como eu estava...
adorei...essa dualidade...
ResponderExcluir"...Quem nos deu asas para andar de rastos?
Quem nos deu olhos para ver os astros
Sem nos dar braços para os alcançar?!..."
Lindo né...é Florbela Espanca...
Que flutua no meu blog...
E espera por você...
Beijos...
Leca...
A primeira impressão às vezes fica.
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