Um dia você acorda e não entende como cabe tanto dentro. Do armário ou da vida – depende do grau de abstração do dia em questão. E aí você decide se livrar de. Coisas ou pessoas? Eu, particularmente, prefiro me livrar de pessoas. Das coisas tenho uma dificuldade imensa em me desfazer. Não queira pensar com isso que sou materialista, antes o oposto. Mas as coisas me lembram as pessoas de quem me “afastei”. É possível me compreender? Em Marte talvez.
Pelas pessoas tenho menos apego. Coisa de berço, quem sabe. Desde que minha mãe me passou adiante, eu entendi que as pessoas passam. E é sem dor de lágrimas que faço minhas despedidas. Não que não sinta. Sinto, mas mesmo sentindo, me resigno. É sempre a hora, pois.
Não tenho, então, medo depois de dizer que aquela pessoa já nem me desperta nada. Porque não desperta. Faz parte de fase morta. Minha vida funciona em compartimentos, mas isso é segredo meu. Quando uma comporta se fecha, ela se fecha sem frestas ou rachaduras. Sem risco de inundações ou vazamentos.
Das coisas eu não me livro. Do meu lixo velho. Das peças avulsas de quebra-cabeças mortos. Das rodas soltas de carrinhos velhos. Dos lápis em toco que escreveram meu/teu nome.
Eu sou mesmo engraçado (louco?). Por isso cumprimento tão pouca gente na rua. Por isso caem tantas coisas cada vez que eu abro uma gaveta, uma porta. Por isso é que eu poderia ser tão triste. Mas é que eu não sou. Não sou.
De verdade??
ResponderExcluirSou exatamente assim.
Não me livro das minhas coisas, porque elas (Objetos, seja o que for), foram coisas que não me machucaram.
Mas das pessoas? Não tenho apego algum.
Ando sempre fazendo uma limpeza tbm, um feng-Shui na alma, na vida.
Um abraço.
Obrigada pelas palavras no meu blog.
E adorei o seu. Eu gosto de gente que coloca as palavras pra fora, sem medo.
Nunca tive medo de me expor tbm.
Dou a cara a tapa, sempre!!!
Olá! Adorei seu Blog, axei MTO interessante! Vou te seguir! Eu criei o meu a um mês e alguns dias, se quiser dar uma olhada fique a vontade!
ResponderExcluirAbs!