Vem, tirando os calçados para que teus pés pisem veludos nessas tábuas bem duras. Vem, passo por passo com olhos felinos na escuridão dessa casa noturna. Vem, mansa e tenra, morna e lânguida, esfregando o corpo de cio pelas paredes tão nuas.
Vem.
Vem quando todos já dormem e ressoam, embalados pela serenata dos músicos mosquitos e do maestro grilo. Vem, de respiração trazida na ponta dos dedos, mas vem.
Vem, abrindo a porta ponto por ponto para a fechadura não ranger – mais que o necessário. Vem, cobrindo minha boca com os dedos, depois com um beijo e em seguida com a língua, vem.
Vem!
Lindo e sensual...!!!
ResponderExcluirTô adorando o seu blog.
Bjs
E não se esqueça de partir.
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