Quem são os estranhos que, de repente, invadem tudo? Meus campos, meus parques, meus bosques, tudo. Eles reviram toda terra, empilham canos de concreto, barulham com máquinas de cimento. Homens rudes empilham tijolos, atiram areia e fazem muros. Hoje aqui, amanhã ao lado. Tudo se transforma com uma rapidez impressionante. Não, não perguntaram se alguém os quer aqui. Eu não quero.
Quero meu sossego manso. Quero olhar horizontes, não paredes. Na minha janela quero o campo, não os vizinhos. Comigo concordam os quero-queros, que perderam o lugar dos ninhos. Como podem desmanchar minha estrada de terra e destruir a esquina dos entulhos? Como podem ir bloqueando o sol e cobrindo o campo de plantio? Então nunca mais vai ser o verde da soja nova? Nunca mais o dourado do trigo maduro? Nunca mais o bosque e a casa assombrada? Nunca.
Pois então fiquem. Agora que estragaram tudo fiquem. Prefiro abrir mão do que é meu a ter que repartir.
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