“Menina, tu nunca poderias compreender. Nem tu nem ninguém sabe quanta ternura há em mim. Eu hei de ser sempre para vocês o seu Amaro melancólico e taciturno, o seu Amaro que trabalha num banco e faz música nas horas vagas, o seu Amaro que vai ler os seus livros à sombra dos plátanos, o seu Amaro que não sabe fazer um gesto de amizade nem de acolhimento. Vocês nunca compreenderão. [...] Tudo isso se pode sentir, tudo isso se pode pensar. Mas nada disso se pode dizer. Seria piegas, seria idiota, como seria idiota também eu dizer que te amo. [...] O raio de sol é de um outro mundo. Clarissa, se eu pudesse falar, se tu pudesses entender...”
Você ousou descobrir que os poetas também amam, e em rimas ricas de louca devassidão.
Eu era só um poeta, meio triste, de tom quase melancólico. Um menino de águas paradas (profundas), de olhos nos livros, de alma nos sonhos. Praticamente um querubim. Tímida sombra das sombras, quase sorumbático.
O que haveria por trás daquela boca perfeita, da barba mal feita, dos olhos nas nuvens, dos cílios no céu?
Você me levou para sua casa e, Baby, apagou a luz.
Demônios fervilham debaixo da pele de cada poeta. Fantasias secretas, luxúrias dúbias que fervem em caldo de grosso prazer.
Porque aquela boca, bem desenhada, que de dia ressoa sonetos, à noite lhe mete dentadas, enrubesce a epiderme, arranca gemidos.
Porque as mãos macias, mãos de quem escreve quartetos, percorrem seu corpo com a experiência inundada dos arrepios.
O poeta, minha cara, você foi a única a descobrir. Você foi a única a pisar além da sombra, a tirar o óculos, ver de perto, bem perto, tão perto que de dentro.
O poeta, quieto, quase querubim, é anjo lascivo de carnes quentes e desejos intrépidos. O poeta de cabelo alinhado tem escondido o rosnado de bicho selvagem, à procura do cio.
A cada noite, são os gemidos, a voz rouca escorrendo à nuca, a barba não feita arrancando tremores.
Que sorte tem, quem tem à cama um poeta: são arranhões metrificados e gemidos rimados.
Os outros homens fazem “amor”, os poetas fazem luxúria, tecem lasciva, montam libidinagens, devoram voluptuosidades e ainda por cima, no dia seguinte, te mandam um soneto de amor.
* Porque todos os sonetos que faço (em papel ou em teu corpo) são para ti.
Você ousou descobrir que os poetas também amam, e em rimas ricas de louca devassidão.
Eu era só um poeta, meio triste, de tom quase melancólico. Um menino de águas paradas (profundas), de olhos nos livros, de alma nos sonhos. Praticamente um querubim. Tímida sombra das sombras, quase sorumbático.
O que haveria por trás daquela boca perfeita, da barba mal feita, dos olhos nas nuvens, dos cílios no céu?
Você me levou para sua casa e, Baby, apagou a luz.
Demônios fervilham debaixo da pele de cada poeta. Fantasias secretas, luxúrias dúbias que fervem em caldo de grosso prazer.
Porque aquela boca, bem desenhada, que de dia ressoa sonetos, à noite lhe mete dentadas, enrubesce a epiderme, arranca gemidos.
Porque as mãos macias, mãos de quem escreve quartetos, percorrem seu corpo com a experiência inundada dos arrepios.
O poeta, minha cara, você foi a única a descobrir. Você foi a única a pisar além da sombra, a tirar o óculos, ver de perto, bem perto, tão perto que de dentro.
O poeta, quieto, quase querubim, é anjo lascivo de carnes quentes e desejos intrépidos. O poeta de cabelo alinhado tem escondido o rosnado de bicho selvagem, à procura do cio.
A cada noite, são os gemidos, a voz rouca escorrendo à nuca, a barba não feita arrancando tremores.
Que sorte tem, quem tem à cama um poeta: são arranhões metrificados e gemidos rimados.
Os outros homens fazem “amor”, os poetas fazem luxúria, tecem lasciva, montam libidinagens, devoram voluptuosidades e ainda por cima, no dia seguinte, te mandam um soneto de amor.
* Porque todos os sonetos que faço (em papel ou em teu corpo) são para ti.
Fiquei impressionada.
ResponderExcluirRiquíssimo post!
Parabéns, novamente...
Beijo mano