Diante do novo eu estremeço.
E assim adio a inexplicável coisa de viver. Vou empurrando tudo adiante, tudo adiante, como se o adiante não chegasse, relógio em punho, tal coelho desvairado de uma Alice tresloucada. Atrasado. Atrasado. Atrasado. Eu sou sempre assim, cumpro os prazos à beira das noites não dormidas. Crio desculpas, urgências insignificantíssimas, atrasos mal cerzidos, leituras insuspeitas, tarefas inexatas. Tudo para jogar no "mais depois" o que me estremece, a tarefa, a obrigação, o tema de casa. Só mais um minuto e eu faço. Amanhã, sem dúvida. No final de semana, quem sabe. Mês que vem, droga! O quê? Não é possível? Não? Então se faz na hora, em cima, por cima, mal-rascunhado, mal-acabado, mal e mal assombrado pelos tiques do relógio. Tema borrado, tema amassado, tema todo errado, mas tema feito, enfim. Ou não.
Síndrome da procrastinação.
ResponderExcluir:)
Eu conheço tãããão bem essa tal síndrome da procrastinação... um dia quem sabe a gente aprende, mano!
ResponderExcluirNão desanima...
Beijão